quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Segunda Divisão Paulista 2013 - Osvaldo Cruz

Dezembro chegou, e aos que pensaram que esse blog entraria em um recesso de final de ano, cá está uma demonstração de que isso não ocorrerá. Também pudera; ao compararmos 2012 com os anos anteriores, o material posto aqui foi bem mais escasso. Se entrássemos em férias agora, seria no mínimo relaxo. Não que não estivéssemos ocupados (foi exatamente isso o que aconteceu, para que o número de postagens fosse tão reduzido), mas tocamos esse blog como um dever moral, e dar uma parada em dezembro, logo agora que iremos de dispor de tempo, é algo impensável.

Dito isso, vamos aos negócios, falando do último rebaixado da A3, que disputará a grande Segunda Divisão Paulista 2013, o Osvaldo Cruz.

Nome; Osvaldo Cruz Futebol Clube

Fundação; 17/02/2004

Estádio; Breno Ribeiro do Val (capacidade para 15,000 vivalmas)

Cidade; Osvaldo Cruz (30,917 moradores)


O Osvaldo Cruz não é um time velho, mas o futebol na cidade é. Contando com participações no Campeonato Paulista desde a década de 50, primeiro com a Associação Atlética Oswaldo Cruz (cujo auge foram 6 participações seguidas na Segunda Divisão, na década de 50), depois com a Associação Desportiva Osvaldo Cruz (com 12 participações, sendo 10 seguidas, na Terceira Divisão). Depois que a ADOC deixou o profissionalismo em 88, a cidade esperou 16 anos para poder voltar a ter uma equipe que a representasse no Campeonato Paulista. Em apenas 3 anos, a equipe havia atingido a Série A2. Nenhum clube alcançou tanto sucesso em tão pouco tempo. O próximo passo seria atingir a A1, fato que nenhum clube da cidade conquistou. Contudo, a equipe foi rebaixada na A2 de 2007. É certo que esse rebaixamento para a A3 foi dolorido, mas não de todo inesperado. Desde então, vêem oscilando entre a A3 e a A2. Depois de uma A3 tida como decepcionante pela diretoria, o clube ia pra disputa sonhando em superar os tempos passados, que nem eram tão distantes assim.

O planejamento para a A3 2012 começou em finais de novembro, começo de dezembro, (enfim, por aí). Foi firmada uma parceria com uma empresa de gerenciamento esportivo, a R+. Segundo algumas fontes, essa parceira indicou o técnico Play Freitas para o comando técnico. A esperança era a de superar a campanha de 2011, em que o Osvaldo Cruz terminou em 6º lugar em seu grupo (relembrando, a A3 foi disputada por 20 clubes, divididos em dois grupos de 10, seguindo critérios regionais). De fato, a campanha não foi boa, e almejar algo a mais é sempre bom, mas para isso, é necessário se planejar bem, e não foi bem isso que a diretoria fez. Em uma decisão arriscada, a diretoria não manteve nenhum profissional, fossem jogadores ou membros da comissão técnica, para 2012.

Com essa política em mente, o clube disputou uma série de amistosos preparatórios. Ainda em 2011, o Azulão recebeu em seu centro de treinamento duas equipes paranaenses, Londrina e Roma de Apucarana, e nas duas oportunidades sofreu sonoras derrotas (4 x 2 e 4 x 1, respectivamente). Apesar das derrotas, o otimismo ainda estava presente nas bandas do Breno Ribeiro do Val, já que para 2012, as mudanças seriam radicais, o próprio Play Freitas afirmava que o time estava em formação. Ainda em dezembro, começaram as primeiras rusgas entre a diretoria e a empresa parceira, com a diretoria afirmando que a gerenciadora não trouxe os atletas pedidos, e por sua vez, a R+ dizia que tudo estava dentro do planejado, e que a diretoria sequer conversou sobre novas contratações.

Chegado 2012, novos amistosos foram marcados, todos contra adversários paulistas, e com a expectativa de um melhor desempenho, afinal, o elenco estaria em um nível próximo do ideal. O que se viu, entretanto, foi muito diferente, servindo como um anúncio de que o ano seria extremamente difícil. O primeiro adversário foi o Penapolense, recém promovido à A1, que aplicou impiedosos 7 x 3. O outro jogo seria contra o forte Noroeste em Bauru, e o Norusca não decepcionou sua torcida ao vencer por 4 x 0. Por fim, o resultado mais positivo veio contra o Audax; um empate em 1 x 1, em Presidente Prudente (?!?). Afirmou-se que nesse jogo sim o time estaria no nível ideal, mas a impressão deixada nos jogos anteriores era muito forte pra ser simplesmente esquecida.

No meio disso tudo, um problema que foi comum à vários clubes; o estádio. O estádio Breno Ribeiro do Val não foi julgado apto para receber partidas oficiais, mas com algumas reformas pontuais, conseguiu ser liberado, mas foi por muito pouco, tanto que pouco antes da estreia na competição, ante a Inter de Limeira, a possibilidade de mandar o jogo em outro estádio.

Iniciada a competição, a expectativa era de um bom jogo contra um dos favoritos à pelo menos passar de fase. Os 3 x 0 aplicados pelo Leão foram incontestáveis, e o discurso de que as derrotas nos amistosos foram fatos isolados começava a perder força, e os próximos adversários não seriam fáceis. Receber o Capivariano e ir visitar o Juventus, que conquistariam o acesso, seria tarefa ingrata, assim como ser mandante contra o Batatais, que se classificou para a 2ª fase. O adversário mais acessível era o Sertãozinho, que ainda assim, vinha melhor pro certame que o OC, mas nem o mais pessimista dos torcedores poderia prever um começo de competição pior. Além da derrota pra Inter, o clube perdeu todos os outros 4 jogos, com direito a placares elásticos, como o 4 x 2 para o Capivariano e o 5 x 0 do Juventus. Ao todo, foram marcados 2 gols e 15 sofridos.

Com esse desempenho, a relação entre a diretoria e a R+ se tornou insustentável, e a parceira acabou saindo, e logo após, a diretoria decidiu substituir Play Freitas. Após a saída da R+, tudo indicava que o time teria de se manter por conta própria, mas logo após esses eventos um investido se prontificou a entrar no clube; Tuta, que é mais conhecido por ter atuado na Ponte Preta, no grande time dos anos 70, que era uma das maiores forças do Brasil. No comando técnico, quem assumiu foi Nei Silva, que começou bem, com uma surpreendente vitória fora de casa contra a Itapirense (4 x 2), mas depois de um 2 x 2 em casa contra o também rebaixado Taboão da Serra, somadas as derrotas contra o Grêmio Osasco (2 x 0 em Osasco) e um 1 x 0 no Brenão para a Inter de Bebedouro, que também foi rebaixada, foram o limite, e Nei deu lugar à Antônio Lucas. Por ironia do destino, ou por qualquer outra coisa, o time venceu o Flamengo de Guarulhos na casa do rival, por 2 x 0. Parecia ser o começo de uma reação, mas as 3 derrotas seguidas enterraram esse sonho, sobretudo os 5 x 0 que o Rio Branco impôs ao Osvaldo Cruz no Décio Vitta. À essa altura do campeonato, faltavam 3 partidas para o fim do campeonato, e as chances do Osvaldo Cruz permanecer na A3 eram ínfimas, e um novo técnico foi chamado, para ver o que poderia acontecer, afinal seria difícil as coisas ficarem ainda piores. Nem chegou, e seguindo a lógica, não conseguiu fazer muita coisa; foram 3 jogos e 3 derrotas, sendo que a mais pesada foi um 3 x 0 em casa contra o Taubaté. Se formos analisar os jogos em casa, o Osvaldo Cruz foi o pior mandante da A3, pois conquistou apenas uma vitória, um 1 x 0 contra o Independente de Limeira. Esse desempenho medíocre talvez ajude a explicar o pouco público visto no estádio, que não alcançava as 300 pessoas (263 pagantes, para ser mais exato). Não conseguimos encontrar informações sobre promoções ou programas de sócio-torcedor, então se algum torcedor ou simpatizante do Osvaldo Cruz puder nos informar, além de falar sobre o cenário futebolístico na cidade, ficaremos gratos.

Fatalmente, o Osvaldo Cruz foi rebaixado (bem, se não fosse, não estaríamos falando dele aqui e agora), e olhando para os números, fica fácil ter uma noção do por quê; a equipe teve o pior ataque (16 gols anotados) e a pior defesa (41 gols sofridos). Mesmo com um desempenho tão sofrível, e por mais incrível que pareça, o clube não foi o lanterna, pois superou o Taboão da Serra no número de vitórias (4 x 3).

Confirmado o rebaixamento, a hora era de por a cabeça no lugar e ver o que seria feito da vida. O sub-20 estava aí, e a importância dele seria maior que de costume. O clube poderia ganhar uns trocados, mas agora, teria de usar a competição mara montar a base pra 2013, então teria de maneirar nas negociações, para não desmantelar o time e dificultar ainda mais o planejamento. Foi definido que Tuta continuaria (e ao que tudo indica, continuará em 2013) no clube, e o comando técnico do time ficaria com Buião, que chegou a atuar no Palmeiras, no final da década de 80, mas para o Futebol Interiorano, também consideramos a passagem pelo Grêmio Sãocarlense no começo dos anos 2000.

Com esse clima, o Osvaldo Cruz partiria para o sub-20. Dada a participação na A3, as expectativas eram as piores possíveis, mas felizmente para a torcida, não isso o que se viu, longe disso aliás. Todos seus rivais de grupos eram ou times tradicionais no interior paulista (Marília, América), ou estão no grupo de emergentes (Mirassol, Linense), e se fosse pra fazer justiça, teríamos de citar todos. Com um futebol ofensivo, a equipe foi líder de seu grupo, com 24 pontos em 12 jogos, 8 vitórias e 4 derrotas, 22 gols marcados e 17 sofridos. O clube passou pela 2ª fase, e só foi parar nas oitavas-de-final, contra a não menos surpreendente Inter de Bebedouro. Depois de alcançar um bom empate com gols (1 x 1) no Sócrates Stamato, os meninos do Azulão foram surpreendidos e acabaram sendo derrotados em casa por 2 x 1).

No geral, o saldo foi positivo, assim como a noção dos dirigentes de não colocar o peso por uma boa campanha exclusivamente nas costas desses meninos. No momento, Buião continua a frente do time, e conta com o apoio da direção. Depois do final da participação no sub-20, não se ouve mais falar no Osvaldo Cruz, logo, não sabemos de contratações, nem se o Breno Ribeiro do Val recebeu as reformas necessárias para atender as exigências de uma cada vez mais exigente (e em não poucos casos, menos coerente) Federação Paulista. Em breve (pelo menos assim esperamos) mais informações.

Um comentário:

  1. Matheus e amigos do blog!
    Passei aqui para desejar a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo! Que a saúde e a paz estejam presentes em todos os dias de 2013. Boas Festas!

    Fé e acreditar sempre é o lema, por isso: "Não desistam dos seus sonhos... lutem sempre". Fiquem com Deus!!!

    Cordialmente,

    Marcelo Santos
    http://bolaodoslotequeiros.blogspot.com.br

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